N° 2 - Dissolução da Quinta Sub Raça

Diz o Mestre Santiago Bovisio em Hidrochosa: “Idéias e obras novas se preparam para o mundo”. Tudo confirma a posição doutrinária das Ensinanças: a dissolução da velha cultura, a desagregação dos componentes de uma sociedade que termina em todos os estamentos financeiros, políticos, religiosos e pessoais. As explicações dos sábios nos meios são incompreensíveis e muitos declaram que não podem entender, não só as agressões aos inocentes com antraz, mas os bombardeios com TNT e pão sobre as ruínas de Kabul, ou a paralisia das finanças num Japão repleto de dinheiro, ou os aviões voando meio vazios a qualquer parte. E dezenas de F-16 controlando dia e noite os céus de Estados Unidos, preparados para derrubar a qualquer um ao menor perigo. Onde está “Norte América a formosa”?

Os pensadores não o podem entender, e da o que pensar o limitados que estão Baudrillard, Chomsky, Ecco e outros comunicadores sociais que escreveram sobre nosso tempo incerto; o Vaticano também não diz nada. Não o podem entender porque estas coisas estão fora da história, da filosofia, das pautas conceituais que regiram até hoje. Há que empregar a contra-lógica da dissolução. Quando um corpo morre, começa de imediato a dissolução de seus componentes. Como explicar os mecanismos de separação dos órgãos, dos tecidos, das células, que ainda se movem independentes, se falta a vida? E logo, os instintos erráticos, os sentimentos dispersos, as imagens de uma memória persistente, a linguagem e o complexo detritus de uma pessoa que foi? Nos humanos, esta desintegração dos componentes dura muito tempo nos planos invisíveis da existência, e as partes vão desaparecendo lentamente até só restar a essência das experiências realizadas, para poder começar uma nova vida. A sociedade humana se move por inércia do passado, sem as correntes magnéticas, astrais e mentais que aportavam os Grandes Iniciados; a obra já se fez e os caudais energéticos estão vazios. Os sobreviventes só podem repetir-se uma e outra vez até o esgotamento e a autodestruição, como nos corpos humanos.

As novas ondas magnéticas criadoras, que já começam a manifestarem-se levemente, as trazem o Maitreya. Ele é o gerador, e não há outro, das novas formas de vida, que são as matrizes do mundo que temos que construir. O Mestre Santiago afirmou que sem o Maitreya não se pode fazer nada; é como querer assistir televisão sem ondas eletromagnéticas que transmitam os sinais. Sempre é um Iniciado Solar que fixa os modelos e da as pautas, e durante todo o período de seu programa, a humanidade segue esse plano. Estas são as Raças Raízes e as Sub Raças; agora estamos na inauguração da Sexta Sub Raça Ário Americana, setor Aquário.

Como já se disse, os sábios não podem entender nem explicar o que está acontecendo. Os atores deste mundo em decomposição brigam pelos despojos do cadáver, com violência e sem futuro. Bush iniciou uma cruzada, como as antigas, “Liberdade Permanente”, contra os ortodoxos de uma religião do Oriente, e destrói suas cidades com bombardeios diários. O líder do Taleban, Omar, declara que o objetivo do seu grupo é a destruição dos Estados Unidos, e os ataca com o terror. Estes são os paradigmas do que está acontecendo nestes tempos de dissolução.

Aqui aportamos uma semente da nova forma de viver que está ensinando o Maitreya: as Ensinanças do Mestre Bovisio e as Reflexões que ajudam a compreender os terríveis sucessos que abrumam à humanidade. Para uma ampliação desta temática podem ler-se nos Comentários, os capítulos dedicados ao Maitreya, e o Livro VII das Ensinanças: “O Devenir”.

a. A Incerteza

Uma das desvantagens notórias que tem a globalização planetária e os instrumentos técnicos e psicológicos que a provocam é a massificação anímica dos seres humanos, privando-os da mais elementar cota de liberdade pessoal. Todos estão dentro de um enorme globo de gás estéril, indiferenciado, sem capacidade de resposta. As autoridades mundiais de todo tipo, políticas, religiosas e econômicas, tampouco tem essa liberdade perdida, porque eles também estão dentro do globo, e as propostas e mudanças que apresentam ao público em formas estranhas e cruéis são difíceis de entender.

Sobre os acontecimentos muito violentos que estão ocorrendo em América e Ásia não se pode encontrar um razoamento lógico. As explicações dos analistas e responsáveis são mesquinhas e incompreensíveis. É como pretender encontrar a lógica de um terremoto ou de uma epidemia. As pessoas globalizadas do mundo vivem a incerteza. Que acontecerá amanhã?

A realidade é a que vemos todos os dias, embora não a compreendamos. Quando a liberdade íntima, por pequena que pareça, se perde por alienação, porque não se a defendeu quando era o momento apropriado e foi entregue aos demônios sociais (televisão, consumismo, ânsia de possessões, desinteresse pelos outros, etc.) já não se pode recuperar mais. A pior ditadura é das massas sem mente. Quando um ser perde a identidade, continua no nada até a morte.

Que pode fazer essa pobre criatura, sem liberdade e sem mente própria? A clemência de Deus é infinita e ainda na maior orfandade, o abandonado encontrará uma luz que o guie à esperança. Disse Jesus: “Bem-aventurados os pobres de espírito porque deles é o Reino dos Céus”.

Quando um homem fica sem liberdade, sem uma mente que lhe permita razoar e não sabe quem é, ainda tem a si mesmo e pode oferendar sua vida. Se nessa situação extrema, como os moribundos, se é capaz de dar o único que tem, a vida, porque perdeu todo o demais, se põe à altura dos santos pobres, e entrará no Reino dos Céus.
Recomendamos o Livro “O Sacrifício”, capítulo 6. Diz num parágrafo: Que será de mi mesmo amanhã? Chegarei ao final? Só o sacrifício pode aclarar o amanhã, porque aquele que pôs seu trabalho em mãos de Deus não pode cair nunca, porque está escrito: “Aquele que trabalha para si já tem sua recompensa e nada pode reclamar amanhã, mas aquele que trabalha para a humanidade tem sua recompensa depositada nas mãos do Senhor”.

b. A Economia

Se quisermos reflexionar sobre a economia em todos os níveis, desde a economia mundial das grandes potências até a familiar dos povos mais pobres, devemos ter à vista a Ensinança “Economia Providencial”, do Livro XII: “Vida Espiritual de Cafh”. A economia moderna que tem uma duração de uns 200 anos, igual que a revolução industrial, não pode ser entendida como ciência nem como política, a causa da injustiça que a governa, como dos sofrimentos que provoca a toda a humanidade. Tal como este desenvolvido em nossos dias é uma psicose universal da que não escapam os pudentes nem os que não têm posses; uns porque possuem em excesso mais do que necessitam, e outros porque não tem para comer e morrem de fome.
Diz a Ensinança: “Os meios possessivos do homem o fazem pobre e miserável. Juntar bens terrenais é tirar do outro o que lhe pertence naturalmente. A mãe terra da o alimento necessário para todos seus filhos, e não mais. O armazenamento continuado e desmedido por especulação e não por justa distribuição, está tirando a alguém o necessário e carregando ao possuidor com o mal-estar de muitos”.

Os grandes guias da humanidade puseram ênfase especial sobre o tema das possessões, e deram exemplos de vida sublime a seus seguidores. Disse Jesus: “Não acumuleis tesouros sobre a terra”. Hoje,as corporações mais ricas e excludentes do mundo são as cristãs.

Porque o afã de possessões se transformou numa enfermidade mental para ricos e pobres, numa monomania, numa paranóia? Porque o dinheiro é o único referencial universal de todas as coisas, por cima de qualquer outro valor, inclusive excluindo-os. E como todos estão enfermos do mesmo mal, os que não têm vão lutar para apoderar-se do que sobra aos outros, como já fizeram com eles. Os enfrentamentos continuarão enquanto existam desigualdades econômicas, como sucedeu sempre.

Diz a Ensinança: “O problema econômico só pode ser solucionado se é transladado ao Plano Divino, quer dizer, que não são dois problemas o pão material e o pão espiritual, mas um só. É tão importante comer como saber”.

Nós cremos que o Evangelho do Maitreya vai ser mais potente e específico que o de Jesus em questões materiais. Numa época terminal como a nossa, quando se destroem os bens da terra e nos encaminhamos para o centro do holocausto, os que se salvem não terão eleição; sobreviverão com o que fique em pé.

c. A Resignação

Numerosas e abrumadoras são as adversidades que os homens devem afrontar todos os dias independentemente da situação econômica que gozam eles e seus familiares. Ser rico, ou estar num bom nível na estrutura da sociedade de consumo, não significa vantagens, porém muitos inconvenientes de todo tipo, na cidade e no campo, em Argentina e em qualquer país do mundo. Os últimos acontecimentos de destruição que comoveram as consciências têm demonstrado que não há lugar seguro na terra, que todos podemos ser as vítimas, que as catástrofes não fazem diferenças entre ricos e pobres, que ante a morte não há privilégios nem alternativas. Que fazer então frente a uma adversidade tão poderosa que tudo o pode, que nos faz dano sem interrupções, e ante o qual quase não temos defesas?

Diz o Mestre Santiago que a Raça Ária nasceu para a guerra. E assim tem sido desde sua fundação pelo Manú faz 120.000 anos, através de sua longa evolução. A luta dos pares de opostos tem sido sua característica dominante: a competência no comércio, a confrontação nos esportes, a morte nos conflitos armados,a violência entre os sexos, nas finanças, entre as religiões, nos jogos infantis: ganhar, sempre ganhar. Embora é obvio que ao menos a metade perde sempre com sofrimentos.

Se espera que uma das missões do Redentor Solar Mairtreya será a conciliação dos opostos, que desenvolverá nos homens os mecanismos mentais que levem necessariamente à harmonização dos diferenciais, que instrumentará a espiritualização da matéria por meio da Renúncia.

Na Enmsinança 13, do Livro “Desenvolvimento Espiritual”, o Mestre Santiago diz em seus parágrafos finais um formoso concito sobre como podemos colaborar agora com a missão do Redentor, ao mesmo tempo que nos ajudamos a nós mesmos nesta confrontação dolorosa que temos que suportar todos os dias: “Uma perseverança perfeita e completa é resignadamente varonil. Toma todas as coisas de acordo com a Vontade Divina, se amolda em toda forma e em todo aspecto; é, em resumo, por assim dizer, a coroa desta virtude. Quando o homem pacientemente vive, sinceramente crê, serenamente espera, claramente discerne e resignadamente toma seu destino das mão de Deus, conseguiu a virtude da Perseverança.

Recomendamos especialmente o estudo e a meditação desta Ensinança: “A Perseverança”, que se subdivide em cinco temas, porque é muito instrutiva nestes tempos de orfandade e angústia.


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