Ensinança 1: A Porta Santa
Quando os aspirantes à Ordenação cruzam a Porta da Casa da Mãe, entram pela primeira vez em seu santuário. Este lugar é chamado santuário porque não é pisado por ninguém, a não ser pelas almas que a ele estão consagradas.
Mas, quem entregou a estas almas a grande chave que abre esta Porta?
Esta Porta é para a maioria um símbolo: é a imagem da pureza que a alma desejaria alcançar, ainda que esta aspiração fique sempre ali, suspensa no mundo dos sonhos.
Esta Porta é a que faz as almas exclamarem tantas vezes: “Que diferente tem sido a vida para mim daquela que eu sonhava!”, e as portas violadas e profanadas do mundo são mudos testemunhos da dura realidade.
Mas, para os Ordenados, o símbolo se tornou realidade. Chegaram à Porta Fechada, à Porta Mística, à Porta que só se abre por dentro.
O sonho de uma vida ideal se realizou; a constância e a fé que sustentaram esse sonho foram as santas chaves que, depositadas nas mãos da Divina Mãe, abriram Sua Porta.
Porta Mística! Porta sonhada por todas as almas nas horas puras! Porta que jamais se abriu, a não ser para aqueles que lhe foram consagrados!
Chegar a Ela é chegar à casa, de verdade, definitiva.
As casas dos pais, dos amigos, eram o lar humano ao qual chegava a maré mundana, semeando a desolação e a tristeza; passavam por essas portas continuamente figuras estranhas; as mudanças e as trocas não deixavam tempo para que ali se estabelecesse uma personalidade. Além disso, tudo ali era inseguro. Não existia a idéia da estabilidade. Não era a casa definitiva, senão uma casa. O próprio bulício da cidade a fazia instável.
Porém, chegou a alma à Porta da Mãe, Porta Única, Porta Santa, Porta Definitiva. Ali, atrás dela, está o altar com toda a oferenda de vidas consagradas pelo amor, através dos Santos Votos.
Isso é poder dizer: “Cheguei à Casa”, porque só serão admitidas ali as almas que se entregaram; aquelas que já não têm casas, nem coisas, nem nada.
Conforme ia amadurecendo, no coração do aspirante, sua vocação, Ela, a Porta de Ouro, ia-se perfilando ante seus olhos como visão do Templo, com a convicção de que ali chegaria a seu lugar, a sua casa definitiva, ao lugar da paz e do descanso.
Era como se ele mesmo se fosse transformando, pouco a pouco, numa parte viva e integral dessa Porta Santa, dessa Casa Claustral.
Casa tão somente das almas consagradas, porque ninguém penetrará ali, ninguém conhecerá o lugar de orações, de renúncias, de vida, onde moram as almas transformadas em um holocausto perfeito de amor! E, sobretudo, ninguém conhecerá este amor: o amor puríssimo do Filho da Divina Mãe, que ama dar-se às almas no Silêncio mais profundo, na Fidelidade mais intocável, na Obediência perfeita, na Renúncia feita morte mística.
A Porta estará sempre, sempre fechada, exceto para as almas que se consagraram a Ela.
Ensinança 2: Ingresso no Seminário
Quando os Filhos ingressarem no Seminário de Ordenação emitirão o Voto Temporário. Ainda que venham de grupos de Escudeiros ou Daminhas de Solitários, procurar-se-á que sejam dispensados de seus Votos Solenes, para que ingressem como Pajens ou Donzelas.
Os Cavalheiros ou as Damas de Solitários que passarem à Ordenação, ficarão durante todo tempo de prova sem emitir o Voto de Renunciação.
A duração do seminário será de seis meses com opção de outros seis meses de prova, se o Superior e o Diretor acreditarem conveniente.
Depois da prova, o aspirante será submetido a uma exame vocacional, em presença de um Delegado do C.G.M., do C.8 ou do Delegado da Távola, do Superior da Comunidade e do Diretor do Seminário, depois do qual, informado o C.G.M. e se for aceito, será admitido ao votos correspondentes e à Comunidade.
Se bem que a cerimônia da imposição da capa ou do véu a um Escudeiro ou Daminha de Ordenado não esteja no Cerimonial adornada com grande solenidade, procurarão os Superiores dar a este acontecimento todo brilho possível, para que tal recordação fique impressa na alma do Filho.
Quando os Filhos ingressarem no Seminário, a Comunidade os receberá, dentro do Raio de Estabilidade da Casa de Comunidade, cantando o salmo Confitebor.
Com a vênia do C.G.M., todos os Ordenados voltarão, a cada sete anos, por uma temporada ao Seminário, para temperar novamente seu espírito.
Os Filhos, no Seminário, aprendam que o dom mais apreciado é o da perseverança e orem até a morte para consegui-la.
Por isso, tenham o costume de repetir diariamente orações como estas:
À Mãe Divina: “Adoro-Te, Divina Mãe e te ofereço meus afetos, meus pensamentos e minhas ações. Faz com que eu seja um puro nada para que se cumpra, agora e sempre, Tua adorável Vontade. Ahehia ote Hes - Eret Hes ote Ahehia”.
Ao Protetor: Saúdo-te bem amado Protetor ..................., fortaleza e honra nossa; concede a estes Filhos bom espírito; dá-nos perseverança, livra-nos do mal, defende-nos nas lutas, chama-nos a Om Hes. Intende Prospere – Ihes eret onk Hes”.
Aos Filhos que passaram a outra vida: “Filhos de Cafh, fiéis servidores da Mãe Divina, que alcançastes, pela perseverança final, a gloriosa vitória; sejam os defeitos de vossas vidas esquecidos para sempre e lançados no fogo do Eterno Amor. Com toda força de nossas almas, pedimos que vossa felicidade seja imperecedoura e que possais interceder por nós, vossos irmãos sobre a Terra, para que sejamos um dia, vossos companheiros na Paz”.
Ao Cavalheiro do Umbral: “Santo Cavalheiro do Umbral, indica-nos o Caminho da Perseverança e abre-nos a Porta da Eternidade.”
A Micael:
Micael Amon Adonai
Micael Amon Adonai
Micael Ada Agni
Bet Asur Ank AsuricaAos Sephirotielicas:
Micael Ada Agni
Gabriel Ada Buhm
Serafiel Ada Acpias
Azariel Ada Vayu
Serafielica Sephirotielica
Bet Asur Ank Asurica
Os Filhos, antes de ingressarem no Seminário, serão submetidos a um exame vocacional prévio por um Superior que não seja conhecido por eles e escolhido oportunamente.
Ensinança 3: Modo de Vestir
Os Filhos, ao ingressar no Seminário, trarão consigo seus pertences pessoais e tudo o que seja necessário para o seu uso.
Os homens trarão: dois ternos, sobretudo e pijamas. As mulheres: dois vestidos grossos, dois vestidos de verão, um casaco de inverno e camisolas.
Trarão também: pulôveres, lenços, meias compridas e curtas, e roupa interior. A roupa interior seja branca, sem enfeites e na maior quantidade possível. Trarão, se tiverem, uma capa de chuva.
Os homens trarão: duas calças de cor parda, dois casacos da mesma cor e um paletó de couro. As mulheres, alguns metros de algum tecido branco para confeccionar blusas e as meadas de lã branca necessárias para o xale de inverno.
A roupa de cama será a seguinte: seis lençóis, três fronhas e três cobertores. Outros elementos de uso pessoal serão: quatro toalhas, quatro guardanapos, um porta-guardanapos, um jogo completo de talheres, um copo, um jogo completo de pratos composto de: um prato fundo, um prato raso, um de sobremesa e uma xícara com pires. Todas as roupas e objetos terão uma marca pessoal ou iniciais. Se for possível, trarão consigo: uma lanterna, um relógio despertador e um de pulso, e uma caixa de costura pessoal equipada.
Se desejarem, poderão trazer seus livros devocionais e espirituais.
As Filhas, ao sair à rua, não usarão trajes de cores fortes nem combinadas, fazendo de seu modo de vestir não um hábito monacal, mas um novo sentido estético da elegância concebido por uma mulher pura interna e externamente. Não usarão jóias nem adornos, deixando essas coisas para as mulheres que vivem no mundo. O arranjo há de ser modesto e discreto.
Uma vez por ano, para a festa de Natal, o Superior da Comunidade distribuirá entre os Filhos o necessário para vestir. Procurará que o especificado na lista de admissão ao Seminário seja o enxoval que os Filhos sempre tenham. Os pertences que não são usados serão devolvidos à Comunidade.
Uma vez por mês, o Superior distribuirá os objetos que creia necessário para uso pessoal.
Os homens, na Comunidade e dentro das obras de Cafh, usarão calça parda e casaco ou camisa da mesma cor.
As mulheres usarão o uniforme regulamentar e não usarão enfeites. O uniforme será o seguinte: um vestido branco com gola e mangas compridas, avental completo sem mangas, cor natural e sobremangas da mesma cor. Poderão usar também blusa branca e saia por baixo do avental. Nos meses de verão poderão usar mangas curtas desde o dia 15 de novembro até o dia 15 de março.
Não usem com o uniforme, adendos que não sejam os regulamentares. Dentro de casa também poderão usar meias curtas, brancas ou de cor natural.
Durante os meses de inverno usarão como abrigo uniforme um xale branco, tricotado, de 1,20m por 1,20m, que levarão sobre as costas, dobrado em triângulo.
As Filhas Ordenadas usarão o cabelo normalmente cortado, um pouco mais comprido ou mais curto, segundo o costume; não usarão no cabelo, fivelas nem enfeites.
No Seminário, os Pajens não usarão a Capa e as Donzelas usarão um véu de 1,20m por 1,20m.
Ao ingressar no Seminário, os homens se barbearão bem, segundo o costume e rasparão o cabelo. Terminado o Seminário usarão o cabelo como indicarem os Superiores.
Durante o tempo do Seminário, as Donzelas não usarão nas cerimônias, o traje longo branco, de cerimônia. Usarão habitualmente o véu sobre o uniforme de casa, mesmo nas cerimônias solenes. As Ordenadas, quando em traje de cerimônia, usarão uma touca branca que lhes cubra completamente a cabeça e que possa ser usada, em caso de necessidade, com o uniforme diário.
Em tempo de muito frio e nos países onde este seja mais rigoroso, os Filhos poderão usar uma echarpe branca que lhes cubra a cabeça e o pescoço, sob a capa. Nos países tropicais, os Filhos e as Filhas poderão usar os uniformes de casa de cor branca.
Ensinança 4: A Perfeita Observância
Em uma Casa de Ordenação, onde se observa estritamente o Regulamento, o horário diário e as indicações do Superiores, mora a Mãe Divina.
Fatigar-se em fazer muitos trabalhos, fazer múltiplas mortificações, estudar muitas Ensinanças, tudo isso é vão se não se é atento à observância diária.
O horário de Comunidade que marca as atividades diárias é o Relógio Divino da Mãe, porém, torna-se humano toda vez que se passa um só instante sem cumpri-lo.
O Superior tem que dar o ofício do toque do sino a um Filho muito pontual que jamais, por nenhuma causa, passe um instante em tocar o sino, do modo indicado.
Os Filhos sejam rápidos em acorrer ao toque do sino, onde os chamam suas obrigações e, se chegarem a algum ato comum depois de iniciado, manter-se-ão de pé até que o Superior os dispense.
Nas Comunidades se observará o horário diário, de acordo com o Regulamento e a Interpretação e com a aprovação do C.G.M. É costume seguir um horário de verão, desde o dia 15 de novembro até o dia 15 de março e outro de inverno, desde 15 de março até 15 de novembro.
Às vezes, devido a certas trocas, mudanças ou trabalhos especiais que são encomendados aos Filhos, há uma tendência natural a afrouxar a observância; por isso, o Superior há de ser muito atento e vigilante em não permitir nenhuma coisa contrária à mesma, a não ser em caso de uma grande necessidade.
Todas as virtudes são formosas, porém a prática escrupulosa e ininterrupta da observância faz desta o fio que ensarta todas.
Para que os Filhos possam ter sempre presentes suas obrigações, lerão todos os primeiros sábados do mês, na hora da leitura espiritual, o Regulamento, o Método e esta Interpretação.
Ensinança 5: Silêncio Habitual e Silêncio Rigoroso
Durante o tempo do Seminário, os Filhos manterão um silêncio rigorosíssimo. Não falarão nem terão nenhum trato com os outros Ordenados e se forem enviados pelo Diretor para transmitir algum recado, usarão com as pessoas indicadas, as palavras estritamente indispensáveis. Falarão unicamente quando sejam interrogados pelo Superior da Comunidade.
Os Filhos evitem sempre as conversas inúteis, ainda nas horas de trabalho manual, e não falem com as pessoas que por trabalho ou necessidade estejam na casa ou vêm de visita. Se alguma pessoa estiver de visita, de passagem ou operários trabalhando na casa e saudarem ou pedirem algo, responderão à saudação modestamente e às perguntas com evasivas ou dirigindo-os aos encarregados.
Dentro dos quartos não falarão nunca por nenhuma causa nem ainda em caso de enfermidade, a não ser com o Superior. Inclusive, se houver algum outro inconveniente, limitar-se-ão a chamar o Superior.
Não falem nos corredores dos dormitórios nem nas salas de oração ou estudo; só poderão fazê-lo nas salas de estar.
Se faltarem ao silêncio, farão penitência pública nas conferências dos sábados.
As horas de silêncio rigoroso hão de ser observadas não só de palavras, senão que tampouco se há de ouvir o menor ruído, seja no Seminário ou na casa de Comunidade.
Os Filhos não se deitem com alguma preocupação, dúvida ou falta sobre a alma: depois do toque de Silêncio Rigoroso da noite vão ao aposento do Diretor e confiem-lhe em voz baixa sua pena. Em seguida, sentir-se-ão aliviados e poderão desfrutar de um repouso santo.
Logo depois do Silêncio Rigoroso, cada um em seu aposento, poderá dedicar-se às suas devoções e à leitura espiritual por meia hora; em seguida todas as luzes serão apagadas, menos a luz de guarda.
No Silêncio Rigoroso da tarde, os Filhos que não desejarem dormir poderão dedicar-se a orar, ler ou estudar.
Quando o Superior creia necessário, para alcançar maior perfeição ou por algum rogo especial, estabelecerá uma hora de adoração nas horas de Silêncio Rigoroso, seja da tarde ou da noite, para toda a Comunidade ou para alguns Filhos em particular.
Ensinança 6: Orações e Estudos do Seminário
Os Filhos, no Seminário, farão seus estudos em comum, inclusive as meditações, excluindo a meditação da noite que será feita aos pés da cama.
No Seminário terão pela manhã meia hora de orações vocalizadas.
As orações da manhã, por serem as indicadas no Cerimonial, pouco adaptáveis aos ambientes de vida em comum, serão substituídas pelo exercício da meditação que, por turno, cada Filho fará.
Depois, terão meia hora de meditação.
Antes de começar as orações peçam a bênção ao Superior. O Filho que foi designado para isso, de pé diante do Superior, após o haver saudado com uma inclinação de cabeça, dirá: “Abençoai-nos”.
Se o Superior não estiver autorizado para as bênçãos, dirá somente a oração da bênção e em lugar de dizer: “Minha bênção”, dirá: “Tua bênção”.
À noite farão meia hora de orações vocalizadas em comum; recitarão o “Hino à Divina Mãe”, o “Om” correspondente a cada dia e pedirão a bênção ao Superior. Além disso, poderão recitar os salmos “In Exitu” e “Eructavit”. Depois farão a meditação.
A leitura espiritual farão com toda a Comunidade; da mesma forma, as Conferências dos sábados.
No Seminário serão ditadas as Ensinanças determinadas e segundo o Regulamento, durante meia hora. Haverá também meia hora de um curso especializado e meia hora de estudo cultural.
Depois do Silêncio Rigoroso da tarde ou antes do jantar, os Filhos farão meia hora de estudo do Regulamento, dirigidos pelo Diretor, exceto nos dias de feriado habitual. Este curso será ditado também durante as férias de verão.
Se o C.G.M. estabelecer algum curso especializado, seja espiritual ou cultural, estabelecer-se-ão para o mesmo algumas horas habitualmente dedicadas ao trabalho manual.
Ensinança 7: Superiores de Ordenados
O Diretor do Seminário de Ordenados terá a autoridade que lhe confiar o C.G.M. Se no Seminário houver Vice-Diretor, este terá a especial incumbência de ensinar aos Filhos os trabalhos manuais e as práticas e costumes da vida de Comunidade.
Se houver no Seminário algum outro Filho dedicado a algum ensinamento especial ou a algum trabalho determinado, não poderá tratar com os Filhos do Seminário mais do que diz respeito à sua função específica, sem nenhuma outra ingerência.
Todos os dias, a uma hora determinada, o Diretor levará os Filhos para saudarem o Superior da Comunidade para que este assim, possa informar-se de cada um deles.
Aos Superiores que representarem diretamente o C.G.M. se outorgará a saudação que se outorga aos Cavalheiros Mestres.
O Superior não permita que os Filhos comprem coisa alguma, ainda as mais insignificantes e estritamente pessoais, sem a sua autorização, e a permissão seja dada para cada vez. Tampouco permitirá que recebam presentes nem dinheiro de familiares e amigos.
Os Ordenados que estão autorizados a receber pensões de seus familiares ou de suas rendas privadas, não terão a subvenção mensal que Cafh outorga aos Ordenados e proverão com a mesma suas roupas de vestir e seus gastos pessoais.
Mensalmente, todos os Ordenados prestarão contas ao Superior de como usaram ou inverteram as pensões e subvenções. Mesmo aqueles aos quais é permitido usar algumas rendas, prestarão conta do montante de suas economias ou inversões.
Os Filhos, ao ingressarem no Seminário, entregarão ao Superior o dinheiro que trouxerem consigo e durante todo tempo do Seminário não disporão de dinheiro algum.
O Delegado ou o Superior da Comunidade fará por escrito, mensalmente, um informe detalhado do desenvolvimento da casa: social, econômico e da missão, como também do estado de cada um dos Filhos: físico, mental e espiritual.
Ensinança 8: Necessidade do Trabalho Manual
Os Ordenados nunca estejam sem fazer nada; mesmo no recreio, enquanto conversam, suas mãos realizem algum trabalho. Em Turin, na Casa de Cottolengo, o que mais chama a atenção dos visitantes é essa contínua atividade das Irmãs Vicentinas, inclusive a porteira que atende a porta e as pessoas, enquanto vai tricotando meias. Disse-lhes Cottolengo um dia, quando lhe perguntaram como afastar as tentações: “Enquanto estiverem ocupadas e trabalhando, o diabo não terá cabimento em vocês”.
Enquanto os Ordenados estiverem ocupados, nenhum mau pensamento, dúvida ou fastio virá perturbá-los.
O ócio é o inimigo da virtude e a Dama Negra sempre se faz presente no exato momento em que se está perdendo tempo ou sem fazer nada, porque ela sabe quando é tempo de perturbar as almas e fazê-las vacilar. E se há alguém a quem ela quer apanhar especialmente, esse alguém são as almas consagradas. Peixes, a Dama Negra tem muitos; no mundo, estende suas redes e recolhe aos montões. Porém, apetece-lhe fazer cair em suas redes algum peixe fino e difícil; quer devorar algumas almas privilegiadas, aquelas que se dedicam totalmente a Deus. Por isso, anda rondando continuamente ao redor do Raio de Estabilidade das casas de Ordenados.
Porém, os Filhos se burlarão dela, se não lhe abrirem nenhuma porta; e não haverá portas para a inimiga se estiverem sempre ocupados desde a manhã até a noite, com o trabalho, a oração e o cumprimento de todos os seus deveres. Mesmo à noite, nada ela poderá porque estarão cansados e bem apressados para dormir.
Seja este um costume que se transmita a todos os Filhos que venham a ordenar-se: que nunca estejam com os braços cruzados e sem fazer nada.
Ensinança 9: Como Fazer os Trabalhos Manuais
O Diretor do Seminário fará com que os Filhos, ainda nas horas de trabalho manual, estejam todos reunidos e se algum Filho, por certo trabalho especializado, tiver que estar à parte, manterá silêncio rigoroso.
Nas horas de trabalho manual, os Filhos deverão aprender tudo quanto possa ser útil para a Comunidade. Nas casas de mulheres se ensinará a costurar, remendar, bordar e os demais trabalhos da casa.
Nas horas de recreio tampouco estarão inativos: é costume, nas Comunidades de homens, fazer rosários ou tecer esteiras e, nas Comunidades de mulheres, que tricotem ou estejam ocupadas em algum trabalho similar.
Que ninguém saia do Seminário sem ter aprendido ainda os trabalho mais rudes como lavar, cozinhar, atender a horta e os animais domésticos.
O Diretor procure, durante as horas de trabalho manual, sobretudo quando estejam ocupados em trabalhos sedentários, que se recitem orações em comum, que se cantem hinos ou que um Filho leia algum livro edificante.
Os Superiores deixem ao Diretores e Vice-Diretores a eles subordinados, liberdade no desenvolvimento de seus cargos específicos e procurem não interferir entre estes e os Filhos que colaboram nessa especialidade. Se tiverem de ordenar algo em especial a respeito, fá-lo-ão diretamente com os Diretores e Vice-Diretores.
Ensinança 10: Comportamento com os Familiares
Durante os meses do Seminário, os Filhos não receberão visita alguma de seus familiares, para acostumar a natureza humana à nova vida.
Não manterão correspondência com ninguém, a não ser a estritamente familiar e não enviarão nem receberão cartas sem que sejam previamente lidas e aprovadas pelo Superior da Comunidade.
Escrevam aos familiares o estritamente indispensável e não mostrem curiosidade em saber dos acontecimentos familiares; de preferência, ponham em suas cartas conceitos morais e espirituais.
Nas visitas dos familiares, os Filhos manterão, com o maior respeito e carinho, uma devota distância. Se o Superior da Comunidade conceder permissão para que algum dos familiares permaneça uns dias na casa, os Filhos o visitarão no tempo e hora que lhes for estabelecido.
Tampouco ouvirão rádio nem entrarão no Seminário revistas, jornais ou livros que não sejam os habituais de vida espiritual.
Ensinança 11: Alimentos e Mesa
Os Filhos tomarão o desjejum e o lanche da tarde em pé e empregarão nisso o menor tempo possível. Podem tomar com o leite, chá, café ou mate cozido e o pão necessário. Nos dias festivos ou quando creia conveniente, o Superior poderá oferecer doce, manteiga, etc.
Nos dias de carne, comerão no almoço e no jantar três pratos, quer dizer: sopa, carne com verduras, cereais ou massas e sobremesa.
O Superior procure que a comida seja sã, limpa e abundante.
Nos dias festivos poderá servir alguma coisa especial e ainda um pouco de bebida.
Nos dias de abstinência se comerão, no almoço e no jantar, dois pratos: um de verduras, legumes, cereais ou massa com ovo ou queijo e sobremesa.
O peixe é considerado como prato de carne.
Nos tempos de frio rigoroso, se o Superior achar conveniente, poderá nas horas de recreio servir algum chá quente e no tempo de muito calor, algum refresco.
Nas casas de Cafh onde, por um caso especial, os Filhos tenham que comer com hóspedes ou asilados, terão licença para comer a comida comum.
Os Filhos cuidem dos objetos da casa, principalmente dos que a eles estão confiados.
Se quebrarem ou estragarem algo, cuidem-se muito em não eludir a responsabilidade e façam a devida confissão e penitência.
Todos os dias leiam à mesa algum livro ou revista de utilidade; o Superior evite livros pesados ou que exijam muita concentração.
Nos dias de feriado, com a licença do Superior, poderão conversar à mesa.
À mesa, guardem os Filhos normas gerais de boa educação, sem chegar à afetação. Como vêm de círculos sociais diferentes, procurem em tudo por-se a um mesmo nível de educação, que se poderia chamar de educação espontânea.
Como já foi dito, os Filhos tenham à mesa muita compostura; é elementar não inclinar-se demasiadamente sobre o prato, não fazer excessivo ruído ao mastigar e não comer com as mãos.
Acompanhem sempre a comida com pão, que é o primeiro alimento dos pobres e não comam com avidez.
Enquanto estiverem comendo não deixem os talheres fora do prato e nem usem a faca para levar os alimentos à boca.
Cada Filho tenha, à sua esquerda, um prato de sobremesa, no qual estará a sua porção de pão, queijo e comidas extraordinárias. Se lhe for servido um prato muito abundante e não desejar comê-lo todo, antes de começar a consumi-lo, separe no prato de sobremesa a quantidade que não ingerirá para não desperdiçar alimentos.
Durante o tempo de Seminário, os Filhos lavarão os pratos por turno, uma semana cada um. Quando tiverem muita louça para lavar, o Diretor estabelecerá um segundo turno semanal de Filhos para que sequem os pratos.
Comerão a carne bem cozida.
Na hora do desjejum e do lanche, não entabulem conversa entre si, senão que uma vez consumido o necessário, voltem rapidamente às suas ocupações.
Fora das horas prescritas não tomem nenhum alimento e tampouco bebam água sem permissão, oferecendo esta mortificação à Divina Mãe por amor às almas espiritualmente sedentas do mundo.
Ensinança 12: Conferências e Retiros
Nas casas de Comunidade, se bem que só os Escudeiros e Daminhas tenham a obrigação regulamentar de fazer retiro mensal de um dia, todos os Filhos, de qualquer grupo, ainda os Cavalheiros e Damas, façam todos os meses o Retiro Espiritual em comum.
Nos Retiros seguirão o horário habitual, exceto a hora dedicada à Ensinança e à Conferência.
Os Filhos de Votos Temporários e Solenes terão uma conferência mensal com o Superior da Comunidade e uma conferência semanal com o Diretor do Seminário.
Todos os Filhos podem solicitar conferência particular com o Cavalheiro 8 ou o Delegado da Távola ou com o seu Diretor Espiritual.
Se nos Retiros anuais toda a Comunidade assistir ao mesmo Retiro, cada grupo assistirá nos dias correspondentes, segundo o Regulamento.
Os Ordenados de Comunidade, nas festividades de 28 da lua de fevereiro, de Plenilúnio, do Cavalheiro Iniciado e de Fim de Curso, farão a cerimônia correspondente, toda a Comunidade reunida, mas não terão banquete nem chá.
Nas casas de Comunidade, os Filhos terão três ou quatro datas anuais, dispostas pelo Superior que se considerarão festivas, tais como: a comemoração do titular ou do protetor espiritual da casa, a festa pátria principal, o aniversário do Superior e a véspera de Natal. Esses dias não serão considerados de abstinência.
Nas casas de Seminário ou naquelas onde os Filhos não têm oportunidade de sair do Raio de Estabilidade, o Superior organizará, duas ou três vezes por ano, um longo passeio, uma comida campestre ou algum outro espairecimento para alegria dos Filhos.
Quando orarem em comum, os Filhos recitarão os hinos de pé; as orações, apoiados sobre os calcanhares e os salmos, sentados, levantando-se unicamente o Filho que dirige as orações, enquanto enuncia o primeiro versículo.
Durante os Retiros anuais, os Filhos concorrerão nos dias prescritos pelo Regulamento; porém, se o Superior considerar oportuno e os temas a serem ditados forem convenientes, poderão os Filhos de Votos Temporários e Solenes assistir às conferências e ensinanças dos Filhos de Votos Perpétuos, a título educativo.
Ensinança 13: Comportamento Exterior
Não abandonem os Filhos as horas de estudo e de oração por nenhum trabalho, por mais urgente que seja; porém, se o Superior ou o Diretor lhes encomendar algum trabalho, fora das horas designadas para o trabalho manual, façam-no com toda prontidão e alegria.
Os Filhos sairão do Raio de Estabilidade unicamente por motivos de importância ou de enfermidade, mas sempre acompanhados.
Com as pessoas com quem devam tratar fora, não tenham familiaridades nem conversas inúteis. Se vão de visita, não aceitem coisa alguma, salvo se virem o assentimento do Superior. Quando estiverem de visita, manterão grande compostura e não intervirão na conversa se esta for mantida pelo Superior, porém responderão bem e atentamente quando forem interpelados; não peçam nada nem dêem recados aos Superiores diante de alguém.
Procurem os Superiores que os Filhos desfrutem dos passeios semanais e que façam nessas horas boas caminhadas em são espairecimento e alegria. Se não saírem, que pratiquem algum esporte. Porém nunca se separem entre si nem façam grupos à parte.
Nos passeios e recreios procurem também falar de coisas úteis e edificantes.
Antes de sair a passeio, reúnam-se todos para recitar a oração correspondente.
Quando saírem e ainda dentro de casa, procurem sempre o recato no modo de olhar; tenham os olhos habitualmente entreabertos e não olhem as pessoas na face. Nunca observem pelas janelas nem aquilo que não lhes interessa. Os olhos são as janelas da alma e hão de estar totalmente dedicados à Divina Mãe.
Durante os recreios, manter-se-ão todos unidos e não se afastarão dali por nenhuma causa. Se alguém tiver permissão para ausentar-se fará, ao sair e ao voltar, a saudação correspondente. Durante as horas de recreio não peçam permissão para retirar-se por coisas fúteis.
Entende-se por saudação correspondente: uma inclinação de cabeça frente à Comunidade; isto se fará em qualquer oportunidade em que se entre ou saia de onde a Comunidade esteja reunida.
Todos os dias, depois do silêncio rigoroso da tarde, os Filhos se reunirão na sala de estar da Comunidade para receber as instruções do Superior.
O comportamento exterior dos Filhos deve ser sempre edificante. Se o Regulamento dedica todo um capítulo ao comportamento de todos os Filhos de Cafh, os Ordenados, mais do que ninguém, hão de manter este comportamento.
Quando caminharem, façam-no sem correr, sem excitar-se e sem olhar para um lado e para o outro. Quando estiverem sentados, não cruzem as pernas, não se estirem nas cadeiras e não tenham posturas, não diremos inconvenientes, mas demasiado cômodas.
Não riam nem gritem demasiadamente, mas que tudo seja dentro de um sentido de moderação.
Os Filhos nunca tomem confiança entre si; não se toquem, não se abracem e não andem de mãos dadas por nenhuma causa; não demonstrem carinho exterior, mantendo-se sempre a uma respeitosa distância.
Ensinança 14: Observância e Dispensas
Todos os Filhos, assim que toque o sino, irão ao lugar indicado.
O Superior, depois de um tempo prudente, que permita aos Filhos reunirem-se, tocará o sino.
Aquele que chegar tarde se manterá de pé até que seja dispensado pelo Superior.
Em todas as casas de Comunidade se observarão, além do Regulamento, que é o fundamento da vida de Ordenação, todas estas normas e também aquelas ditadas no Seminário, salvo alguma coisa especial do tempo de prova.
Entende-se por Regulamento: Regulamento, Método e Cerimonial.
Nas casas onde vivem Ordenados, mas que não são consideradas casas de Comunidade propriamente ditas, não serão observadas estas normas, senão que se aterão ao Regulamento e aos mandatos do C.G.M.
Para facilitar a comunicação dos Filhos com os trabalhos que devam efetuar para as obras de Cafh, suprimir-se-á, à mesa, o Mane Man do meio-dia que será substituído pela oração: “Derrama, Senhor, Tuas bênçãos sobre nós e sobre o alimento que vamos tomar. Assim seja.”
Às quartas e sextas feiras cantarão o Stabat Mater como está prescrito e nos outros dias substituirão o Hino à Divina Mãe pelo Ave Maris Stella. Se não for possível fazer procissão, recitarão de pé, ao redor da mesa.
A penitência dos sábados, em lugar de fazê-la no refeitório, será feita logo depois da conferência.
Todas estas dispensas não poderão ser postas em prática sem a permissão do C.G.M. e durarão o tempo que ele determinar.
O Diretor do Seminário imporá aos Filhos as penitências de costume como: beijar o piso, pôr-se estendido no solo quando a Comunidade passa, pedir de joelhos pública penitência, estar no refeitório com os braços levantados. Isto para que adquiram um profundo espírito de humildade.
Que digam muitas vezes em voz alta: “Peço a esta venerável Comunidade perdão por minhas faltas e os maus exemplos dados”. Ou esta oração: “Escute minha voz esta venerável Comunidade: sou indigno de permanecer em tão santa companhia. Roguem por mim”. Ou esta: “Saiba esta Comunidade a minha vontade: desejo ser o último na Santa Casa da Mãe, antes que o primeiro nas casas do mundo”.
Em vez do Stabat Mater e do Ave Maris Stella, recitar-se-á à mesa a oração: “Derrama Senhor”.
Ensinança 15: Raio e Clausura
Nas casas de Comunidade que se guarde estritamente o Raio de Estabilidade e a clausura das habitações onde vivem os ordenados.
Que não saiam do Raio de Estabilidade por nenhuma causa, nem pisem fora do estabelecido sem a devida permissão.
Vigiem os quartos e os apartamentos destinados aos Ordenados e cuidem, aqueles que têm o encargo das chaves, para que nunca fiquem abertos.
Ainda dentro da casa, mantenham as portas dos quartos sempre fechadas.
O Superior abençoa anualmente um dia, de 9 a 19 de março, os aposentos da casa, com o toque do óleo magnetizado da lanterna de Ordenação.
Mantenham os quartos sempre bem asseados e em ordem.
Nenhum Filho entre no quarto de outro, por nenhuma causa, sem a permissão expressa do Superior.
Que nos quartos não haja espelhos; seu uso só será permitido nos banheiros e na rouparia.
Na porta de entrada à clausura da Comunidade terão a imagem de uma estrela celeste; os homens, do lado direito da porta e as mulheres, do lado esquerdo.
Nas Comunidades numerosas e casas de muita atividade, o Filho de maior categoria, além do cargo de Vice-Superior, assumirá o de administrador, para aliviar a tarefa do Superior.
Os Filhos que, ao sair do Seminário, fazem Votos Solenes, não serão admitidos à Comunidade diretamente. Durante três anos terão um Diretor especial que os acompanhará nos recreios, nas saídas e os auxiliará em tudo o que necessitarem, além da assistência comum do Superior.
Os Filhos de Votos Solenes se mantenham sempre respeitosamente afastados dos Filhos de Votos Perpétuos. Se forem admitidos a seus recreios e companhia, comportem-se com grande reverência e submissão.
Os Filhos de Votos Solenes nunca sairão sós do Raio de Estabilidade; se não forem acompanhados pelo Superior, irão com um Filho de Votos Perpétuos. Nunca visitem seus familiares a não ser em caso de morte ou necessidade impostergável.
Os Filhos sejam muito cuidadosos em não fazer confidências de seu interior nem de sua vida no mundo, não só entre si, mas também com aqueles Filhos e Superiores que não sejam seus Superiores diretos ou seu Diretor Espiritual.
Fugirão da vaidade e da soberba pessoal, buscando a correção e a reprimenda do Superior, ainda que sem justa causa.
Tenham os Filhos um conceito de responsabilidade de Comunidade: uma falta ou esquecimento de um Filho, seja assumido por todos para que desapareça o bom e o mau de um e só fique a alma da Comunidade.
Ensinança 16: Síntese Espiritual da Ordenação
Ser Ordenado é:
Não ganhar nada.
Não ter nada.
Não ser nada.
O Voto de Ordenação não é a prática do Silêncio, nem da Fidelidade, nem da Obediência, determinadamente, nem de nenhum outro voto de virtude. É a perfeição destes, ou melhor, é a integralidade dos mesmos: na ordem física, mental e espiritual.
A renúncia não é o desprendimento disto ou daquilo nem é a prática especial de tal ou qual virtude, senão que é o desatamento da própria vida, do próprio modo de pensar, da própria individualidade, separada como um eu de outro eu.
A Ordenação é o desprendimento total de todas as coisas, internas e externas, passadas e futuras, humanas e sobrehumanas.
O Ordenado não quer nada, não aspira a nada; só está Nela e Ela é o Eterno.
Não pode ganhar nada o Ordenado, porque já entregou tudo, antes de lançar-se neste grande vazio de amor que é a Mãe Eterna, e o que ganha com seus esforços não é o suficiente para pagar suas dívidas cármicas passadas.
Todas as suas obras, seus trabalhos, seus esforços já foram dados de antemão: ainda seus trabalhos intelectuais e sua própria capacidade de criar com a mente não lhe pertencem, já que a mesma está entregue à Mãe Divina. Nem mesmo os afetos mais puros de seu coração, já que somente alcançando a pobreza mais íntima do coração poderá permanecer em paz no Amor Dela; inclusive todos os seus direitos os deu de antemão o Ordenado; já não tem direitos quando já nada quer nem nada necessita; ele só tem deveres, deveres sagrados que lhe permitem permanecer em paz no amor. Deveres que são um peso para os homens e que são o único ganho daqueles que renunciaram a tudo; deveres de sacrifício continuado e sem trégua; deveres de assistência à humanidade, deveres de trabalhar por trabalhar, deveres de esforços de santidade, deveres de morrer continuamente, diariamente, de antemão, misticamente.
A renunciação é não ser nada afinal.
Não ser nada é romper os laços da separatividade, é dissipar as névoas da ilusão, é estar sempre no Coração da Mãe Eterna.
Até então, a alma está sempre com medo de que a natureza, a razão e as mudanças façam-na voltar a sair de si, mas quando já não se é nada, ainda esse perigo desaparece, pois o que é não deixará de ser o que é.
Tenham os Ordenados sempre escritas, em letras grandes, diante de si, estas palavras:
Não ganhar nada.
Não ter nada.
Não ser nada.
Ensinança 1: A Porta Santa
Ensinança 2: Ingresso no Seminário
Ensinança 3: Modo de Vestir
Ensinança 4: A Perfeita Observância
Ensinança 5: Silêncio Habitual e Silêncio Rigoroso
Ensinança 6: Orações e Estudos do Seminário
Ensinança 7: Superiores de Ordenados
Ensinança 8: Necessidade do Trabalho Manual
Ensinança 9: Como Fazer os Trabalhos Manuais
Ensinança 10: Comportamento com os Familiares
Ensinança 11: Alimentos e Mesa
Ensinança 12: Conferências e Retiros
Ensinança 13: Comportamento Exterior
Ensinança 14: Observância e Dispensas
Ensinança 15: Raio e Clausura
Ensinança 16: Síntese Espiritual da Ordenação